sábado, 30 de julho de 2016

Poema do Marajó

Há no rio um riso frouxo
Que suponho seja o meu
Fui olhar para esse rio
E o meu sorriso se perdeu

Há no rio um choro franco
Que talvez pertença a mim
Fui olhar para esse rio
E meu amor chegou ao fim

Nas baronesas flutuantes
Ou como queira, mururé
Vi deslizar em águas turvas
Uma paixão igarapé

Mas se rio tem um destino
E esse destino é o mar
Vou voltar pra minha terra
Bem depressa vou voltar

Quem sabe eu chego antes
Quem sabe eu chego já
Para o mar que me espera
Para o mar que irei amar

E desse rio levo a saudade
Levo sol e levo cor
Levo tanto sentimento
E por que não dizer, amor!

Levo histórias, levo contos
Personagens e louvor
Levo tanto de quase tudo
E por que não dizer, amor!

E assim a vida segue
Marajó, com seu calor,
Deixo meus passos nesse rio
E por que não dizer, amor...

Lualves


10 comentários:

  1. Que seja Sylvia!!!
    Traz para a gente as histórias daquela terra linda com sua poesia tão leve,tão rica...!!
    Ah,o Pará!!!Eu também tive um dia o privilégio de trazer a beleza daquele estado em forma de lembranças...
    Que linda essa poesia!!!

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    Respostas
    1. Oi, Michele! Sim, que seja! Há de ser! Obrigado. Foi tanta beleza que eu nem sei...

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  2. Ahhhh que lindo! Essas águas nos despertam tantas coisas.

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  3. Bonito, Lu!
    O amor está em ti. Aonde vais tu o carregas.

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  4. Ana,

    Obrigado. O poemeto é simples. Bem distante dos caminhos que venho trilhando. Mas, permitir-se lambuzar em docinhos da infância é bom, vez em quando. Quanto ao amor em mim...

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  5. É verdade Ana! Lu, o que trazes, dentro de ti, sempre irá transbordar e aflorar a tua escrita!
    Simplesmente, obrigada!
    Beijo no coração.

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  6. Cara Silvina,

    Eu quem agradeço. Seu olhar é sempre bem vindo!

    Forte abraço

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