domingo, 10 de julho de 2016

Infarto


Meu coracao parou.

(nao sei se é dia ou noite e há um frio chegando ao norte)

                                  não tenho lá muita coisa, é verdade.

o que trago comigo, alem de 01 nota de 50 e duas de 10
no bolso esquerdo de “minha velha calça desbotada ou coisa assim”?

não sei precisar. 

talvez um sonho, um medo, um “trancilim”
esperança não, custa caro.

Meu coração parou

                                   e tem um kit salva-verso na última gaveta do armário
                                   lá na casa lá de casa 
                                   onde o que há de menino em mim
                                   se esconde do dragão da maldade

Oh, Beatriz onde estás?
não vejo nenhum Virgílio e não me lembro se meu nome é Dante
mas se o inferno é aqui, porque não vens?

Meu coração parou

e eu não morri
porque sinto bater em meu peito
o seu coração que trago em mim desde o dia em que te vi

Lualves

6 comentários:

  1. Lindo poema!!!
    Hoje me enxerguei um pouco nesse poema!
    Desculpe adentrar o blog sem nenhuma prévia permissão...

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    1. Michele, muito obrigado pelas palavras belas e pela sua valiosa apreciação. Não há nada para se desculpar, ao contrário, eu quem agradeço a sua visita.

      Volte sempre que quiser beber um gole de Poesia...

      Abraço

      Excluir
  2. Lindo poema!!!
    Hoje me enxerguei um pouco nesse poema!
    Desculpe adentrar o blog sem nenhuma prévia permissão...

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    1. Michele, muito obrigado pelas palavras belas e pela sua valiosa apreciação. Não há nada para se desculpar, ao contrário, eu quem agradeço a sua visita.

      Volte sempre que quiser beber um gole de Poesia...

      Abraço

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  3. Puro. Antes morrer que viver sem o amor... Mas está angústia é dos viventes... um preço alto.
    Mas não muito!!!
    (Rs)
    Viva!!
    O que seria das palavras sem esta dor?

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    Respostas
    1. Sylvia,

      Viva!!!! Vivamos essa possibilidade do amar. Não fechamos nossos corações, assim seria o infarto real que nos levará a morte do corpo de alma...

      Obrigado pela sua leitura

      Abraço

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