Ecos
Água
espuma
raios
Ah...!
não fosse
o mar
insuportável
seria a culpa.
Pílulas
de Deus
essa
coisa aí azul que não me faz morrer
antítese,
antídoto, anti qualquer coisa que me traga alívio
“O que
habita em mim e não conheço é que mais me faz sofrer” – disse a voz da voz de
dentro!
O que
fazer para vencer o inimigo que não vemos (?)
essa
força que se esconde nos currículos mentais
... ais
... ais
...
quantos ais ocultados
no labirinto
de nós,
entre
canos,
veias, vias, vielas
sangue, vinho e velas ao vento
que vai levando tantas vozes
que vai voltando tantas vezes
uvas, vulvas, ventre de minha mãe
de onde eu vim e para onde
vou quando tenho frio
Quem pode
ouviver o (curto) circuito cerebral
onde a
lucidez se perdeu e a certeza se partiu?
Será química
ou desprezo
Mistério ou
abandono?
Sou
tantas possibilidades nesse plural de especulações
que mal me
reconheço....
Quanta
loucura haverá num homem em frente ao espelho????
Aprisionado
em confusões vejo que,
de certa forma, me sustento assim
Olho o mundo
manicômio
sem paredes
e tenho
medo... medo... medo... e me divido
ora
alegre ora triste ora fogo ora mel
sou Deus
e diabo na terra do fel
sou
cera e carvão na face do sol
Aqui vou
eu!
e esse efeito bipolar
que me acompanha
meus sorrisos minhas lágrimas
tudo é rio, que venha o
mar!
Ei.....!
Minha
culpa é meu desejo
Meu
cajado, meu bastão
Mas
quem há de me culpar?
Ainda continuo
a ver
as
ondas e suas espumas
ao longe escuto
o eco dessa inevitável inconsciência
sussurrar dentro de mim...
Lualves.
Travessia Mar Grande/ Salvador. Março/2009
Linda poesia!!!
ResponderExcluirSão palavras que transcendem...
Belíssima...
Obrigado, Michele!! Que a Poesia seja ora a brisa que venha amainar nossos dias, ora o furacão que nos balance.
ExcluirQue lindo, poeta!
ResponderExcluirA culpa... o desejo...
O medo.
Muito bom!!
Obrigado, Sylvia. A Poesia também está no olho de quem a vê.
ExcluirVenha sempre!
Que lindo, poeta!
ResponderExcluirA culpa... o desejo...
O medo.
Muito bom!!
Obrigado, Sylvia. A Poesia também está no olho de quem a vê.
ExcluirVenha sempre!
Belíssima poesia, poeta!
ResponderExcluirUma busca ao encontro do desconhecido... medo!
Um grito de liberdade...
"Oh, minha liberdade..."!
Belíssima poesia, poeta!
ResponderExcluirUma busca ao encontro do desconhecido... medo!
Um grito de liberdade...
"Oh, minha liberdade..."!
Obrigado, Norminha!!! Esse grito há de nós acompanhar, sempre. A busca é permanente.
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