sábado, 28 de maio de 2016

"Ice" café

                                                                "Ice" Café

Sabor gelado que minha boca toca...

Quanta custa esse café que sorvo agora?

Não o que será pago, no final das contas,
falo do  custo do açúcar do Gullar,
com quem “comverso” agora ,
suada brancura que adoçou o seu café
numa certa manhã em Ipanema

cana de outrora que não foi produzida por Ele
nem surgiu nesse poema por milagre
tal qual o casal a minha frente que sequer pode imaginar
que pela casualidade fatal
fatalmente entraria neste universo-verso
grãos que viciam a gente...
                                                                      

Será que, de alguma maneira, há qualquer tipo de  ligação entre eles,
eu,  o Poeta, Seu açúcar e o meu café, cujo preço me custa calcular?

Qual o custo das coisas que me cercam? A que custo estou aqui?
E esses milhares de pessoas caminhando sobre esse chão reluzente
dispostos a gastar e pagar pelas coisas muito mais do que elas parecem valer

Há lógica nessa matemática?       Ah, Deus meu,
se eu fosse economista não me custaria tanto desvendar            essa questão.

 A que custo vivo eu e minha morte quanto valerá???

Morrer custa caro... e o sonho, qual a valia?

“Pelo menos sete alpinistas estão desaparecidos após serem atingidos por uma avalanche quando desciam do K2, o segundo maior pico do mundo, no norte do Paquistão “ –  eis a notícia do dia.

Entre um gole e outro desse doce-amargo que me seduz
a vida e a dúvida seguem em frente
e o poema se vai

catado, seco,
torrado e moído

e mesmo que não queiram (ou creiam) alguns
se foi
processado pela cafeteira que a poesia fez em mim
e que a partir de agora
segue cafetizando em voce.



Lualves

13 comentários:

  1. Vale o preço das tuas palavras. Muito interessante

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Obrigado, Sylvia. Preciosa mesmo e a leitura tua. Venha sempre.

      Excluir
  2. Vale o preço das tuas palavras. Muito interessante

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Obrigado, Sylvia. Preciosa mesmo é a leitura tua. Venha sempre

      Excluir
    2. Obrigado, Sylvia. Preciosa mesmo é a leitura tua. Venha sempre

      Excluir
  3. ... e o preço nunca é caro, quando vale o que se paga..!!! Cada palavra! Também compro!

    ResponderExcluir
  4. Café combina com poesia... E quanto vale esse momento de apreciação a degustação de palavras...? E quanto vale esse cafetizar dividido com outros...? Vale tudo... E vale muito mais.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Muito grato, Norminha, pela visita, leitura e apreciação. Venha sempre! Café sempre com gosto de Poesia...

      Excluir
  5. Café combina com poesia... E quanto vale esse momento de apreciação a degustação de palavras...? E quanto vale esse cafetizar dividido com outros...? Vale tudo... E vale muito mais.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Muito grato, Norminha, pela visita, leitura e apreciação. Venha sempre! Café sempre com gosto de Poesia...

      Excluir
  6. Que delícia ficar bebendo essas palavras...
    Esses doce-amargo que nos seduz!
    Obrigada!

    ResponderExcluir
  7. Silvina,

    Eu é quem lhe agradeço pela atenção, palavras belas e leitura. Venha Sempre. É nosso reino....

    ResponderExcluir