Quando eu for embora
Por favor não chores
Assim como não verás meu
pranto
Se acaso tu fores a primeira
a partir
Quando eu for embora
Não lamentes
Não abras a porta ao
infortúnio da tristeza
Assim como não verás meu lamúrio
Ou minha face escurecida
Se acaso tu fores a primeira
a partir
Quando eu for embora
Não maldigas o destino
Esse misterioso Senhor de
longas cabeleiras
Assim como não guardarei
dele rancor
Se acaso tu fores a primeira
a partir
Não deixes de sorrir a cada acordar
(sequer um dia)
Não apagues dos teus cadernos
os versos meus
Não retires dos varais nossos
sonhos pendurados ao vento
Não ouses negar o inegável
Ou ainda evitar o inevitável
Pois a beleza da mais bela
flor
Não a livra do estio da vida
Tudo caminha para o seu
fim...
Quando eu for embora
Acena-me com braços largos
E mãos vibrantes e
sorridentes
E sorrisos fartos e
verdejantes
Quando eu for embora
Deseja-me uma boa jornada
E que os campos futuros sejam
Tapetes de rosas e orquídeas
E que os muros não sejam
muros
Cercas de girassóis que sejam
Quando eu for embora, minha Senhora
Que seja um dia de Sol de
Primavera
E na hora do adeus que toquem
a nossa música
Para celebrar o eterno amor
que fica
Nas asas desse pássaro
viajeiro que se vai
Lualves
Não vá, poeta!!
ResponderExcluirFique e nos alegre... mesmo que estejas triste.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirAh se as despedidas fossem como descrita no texto, não seriam tão dolorosamente sofridas... muito lindas suas palavras poeta .
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